Os Nambikwara adoram doces, balas e também açúcar. Eles chegam a comer açúcar refinado puro, e até a fazer um bule de café com a metade do bule contendo açúcar se tiverem a iguaria. Sabendo do apreço que eles tem por doces, nossa equipe levou um pacote de balas para eles. Qual não foi a minha surpresa ao ver como fazem a fila e quem participa dela. A fila dos Nambikwara é organizada, carinhosa e democrática. Cada um vai chegando, apenas os pequenos entram mais na frente e abraçam o parente que está na sua frente, sem empurrar, sem violência. No entanto, não é muito certa esta divisão por tamanho, alguns pequenos entram na frente de alguns adultos e pronto. Quando alguém entra atrás ou na frente de um que já está na fila o outro se afasta cedendo o lugar. Crianças e adultos entram na fila e ganham a mesma quantidade de balas. Tudo que eles comem na aldeia é dividido por igual. Estão quase sempre juntos em todas as atividades. Passam o sentido de serem sempre solidários uns com os outros. Entrei na fila só para a foto, mas, se pedisse bala também ganharia. Dei sorte quanto ao café que me ofereceram, acho que eles tinham pouco açúcar na aldeia e o café então estava com um sabor normal, apesar de eu preferir café amargo sem açúcar ou adoçante. Foi um doce prazer ter passado uma tarde na aldeia Kithaulu com os Nambikwara.
*Fotos do meu arquivo pessoal - Aldeia Kithaulu - Índios Nambikwara - Mato Grosso - Brasil - com permissão dos mais velhos da aldeia.
*Fotos do meu arquivo pessoal - Aldeia Kithaulu - Índios Nambikwara - Mato Grosso - Brasil - com permissão dos mais velhos da aldeia.
8 comentários:
Que legal! Temos muito o que aprender. Sempre se vê a falta de respeito na civilização, nas filas e em tudo que exija respeito com o outro, e ai a simplicidade é adimirável.
Lindo!!!
Beijos no Coração, minha querida.
Por que será que a humanidade, em conjunto, age de maneira irracional, competindo quando deveria se ajudar? Por que o mundo não consegue ser uma única tribo?
Olha, adorei este blog e vou adicioná-lo aos meus, pois tenho certeza que sempre vou encontrar muita coisa interessante por aqui. Um grande abraço!
Oi Rita, esta viagem me ensinou muita coisa. Estou realmente gratificada de tantos presentes que a vida tem me dado! Obrigada pela presença! Bjs!
Oi Felipe, obrigada pela visita, pelos comentário e por adicionar o blog nos seus. Logo, logo vou visitá-lo. temos muito que aprender e os índios tem muito pra nos ensinar. Um grande abraço e volte sempre!
Se eu estivesse lá, ficaria na fila da bala. Na aldeia as balas não são "perdidas", igual aqui.
Beijos.
Pois é, muito mais civilizados que os "cara pálidas"...rs
Bjos ;)
Tenho fotos legais de fila. É sempre assim mesmo... bem diferente de nós! Como digo sempre, a roupa pode ser igual, mas a forma de pensar é realmente diferente.
Altamiro
Altamiro, Achei super legal a fala de um índio que participou do curso que demos (ainda vou postar sobre isso) e ele disse que o branco acha que eles usam roupas ou celulares que eles deixariam de ser índio: "Um índio nunca deixa de ser índio!". Obrigada pela presença! bjs!
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